Como organizar visualmente os ambientes integrados
- Érica Marina
- 5 de set. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de mai. de 2023
Contemporaneamente, a tendência é construir ambientes integrados muitas vezes para dar uma configuração mais atual aos espaços, integrando ambientes sociais em um só e ampliando a convivência entre eles. Outras vezes, novos apartamentos usam a integração para driblar a valorização imobiliária pelo uso de menores metragens, e neste caso a eliminação de paredes dá uma sensação de espaço maior, porém mais difícil de organizar. Em alguns momentos, o cliente deseja apenas organizar o espaço de maneira integrada sem dividi-lo, e em outros momentos ele prefere dividi-lo de maneira sutil, sem necessariamente erguer paredes.
Hoje iremos ver como organizar os ambientes sem criar barreiras físicas entre eles. Existem várias opções nesse caso e elas não são excludentes entre si, podemos lançar mão de duas ou mais ao mesmo tempo.
Temos basicamente quatro recursos a seguir:
1. Disposição dos móveis
Esse é o recurso mais usual. Instintivamente sabemos que disposição dos móveis pode, por si só, organizar o ambiente. Dessa maneira, a divisão é feita sempre em "aglutinados" de móveis que definiriam do que se trata cada espaço.
Neste tipo de distribuição de layouts de móveis, um recurso muito utilizado é o aparador, tanto para dividir o ambiente em si quanto para dar acabamento às costas do sofá.
Um coringa na separação visual dos ambientes é o "sofá-ilha", um esquema de vários módulos que permite que se sente de ambos os lados. Não é preciso outro recurso para dividir o ambiente ao meio.
Entretanto, é interessante colocar pelo menos um ponto de cor em um ambiente intermediário pra de certa forma marcar essa divisão. Um ambiente amplo, com muita informação e todo neutro pode dar a impressão de desorganização.

2. Dividir visualmente o piso nos ambientes desejados.
Essa é uma forma de demarcar e reforçar a divisão do layout dos móveis e pode ser feita das seguintes formas:
2. a) Mudar o revestimento do piso:
Isso indica claramente que passamos para outro ambiente.
2.b) Dividir com tapetes:
O tapete não precisa dividir o ambiente à risca, ele apenas serve como indicativo. Se há um ambiente com tapete e outro sem, ou se são usados dois tapetes diferentes, eles acabam indicando a divisão.
2.c) Alterar o nível do piso. Pisos de níveis diferentes supõem ambientes diferentes, isso pode ser complementado com uso de tapetes e revestimentos distintos ou não.

3. Dividir visualmente as paredes
A divisão de uma parede pode ser pelo uso de uma cor ou um material de revestimento diferente. Este é um expediente que deve ser utilizado com cuidado, pois a divisão da parede gera uma mudança mais abrupta que a realizada pelo piso. É mais indicado para ambientes e paredes amplas, especialmente com o uso de painéis e revestimentos de detalhe, sempre com sutileza.

4. Dividir visualmente o teto
A divisão pelo teto é a mais sutil e por isso é um recurso adicional aos outros. A primeira opção é diferenciar o teto com auxílio de sanca ou rebaixos em gesso ou disponibilizar um tipo diferenciado de iluminação, o que fica bem sutil e elegante.

Veja que em em todos os exemplos acima dois ou mais recursos foram usados concomitantemente.
Estou à disposição.
Érica Marina Carvalho de Lima
Arquiteta, Designer de Interiores e Light Designer
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